Porque este foi o espírito da minha
Eu e a Roberta do Couchsurfing decidimos fazer uma viagem com sérias restrições orçamentárias e acabamos decidindo pelos lugares menos indicados para tal: Zürich e Munique, todo mundo sabe que Suíça é um pais bem caro e meus amigos aqui foram unânimes: Zürich, caro!
Não teve um que falou: Ai é lindo, as montanhas, blá blá. As recomendações foram: Leve sua comida da Alemanha, não beba no bar, a entrada das baladas é no mínimo 15 Euros.
Foi bom, porque fomos preparadas. Vamos as contas:
Passagem ida: 15 euros
Ticket díário zona 2: 16,50 Francos (quase o mesmo em Euro) (compramos dois para três dias)
Ticket para o bus noturno (sim, você compra um diário e ainda tem que pagar o noturno): 5 Francos
Tour: 4 francos
Passagem para Munique: 15 Euros
Nossas mochilas foram pesadas porque levamos tudo da Alemanha, frutas, castanhas e bebidas, mas nao pense que elas voltaram vazias, como falo ao final do post.
O que tivemos sorte foi que nossos hosts cozinharam com a gente todos os dias e também serviram Raclette!
Lucca, eu, Robs e Pati |
Eles são seis amigos de infância que mudaram para a capital para estudar, cada um deles tem uma característica e qualidades diferentes, são uma comunidade de dar inveja, unidos como irmãos.
A decoração da casa, que eles chamam Finca ( tipo fazenda em espanhol) é a cara deles, com itens comprados em suas viagens pelo mundo. As fotos são massa.
Vista da janela |
Acabamos encurtando a viagem em um dia e voltando à nossa amada Alemanha! (já virou minha terra II) Fomos à Munique, onde comprei meu dirndl (conto mais depois). E ficamos na casa de outro Couchsurfer. Mais uma comunidade alternativa, aqui meio Raul mesmo, nos sentimos muito em casa, com liberdade para cozinhar, chave para voltar a hora que quiséssemos.
No penúltimo dia fomos convidadas para um super bazar de troca de roupas, coisa que adoro e que fiz em São Paulo por três anos, mas esqueça tudo o que você sabe sobre bazares, era gigante, e caótico, dois andares com mesas e roupas por todos os lados, e sem regras, viu algo, gostou? Só pegar experimentar e levar, não precisava necessariamente trocar. Só minha amiga levou roupas, mas eu acabei conseguindo algumas muito legais, entre elas um vestido meio "prenda". Foi mais ou menos assim:
Depois fomos para o Kulturjurte para uma sessão de Yoga do Riso, ou risoterapia, dentro de uma tenda cheia de cobertores, onde passamos 30 minutos rindo um do outro. Tudo isso sem bebidas, só alegria mesmo. Foi uma experiência...Bom, alternativa!
Nosso host também nos explicou sobre o Dumpster Diving, algo a ver com aquela família alemã que vive só de comidas descartadas em mercado, bom aparentemente tem todo uma comunidade de pessoas que fazem o mesmo. Eles dividem entre si o que encontram e ajudam a diminuir o descarte de alimentos e materiais bons. Conversando com eles dá para entender porque faz sentido.
Por mais que ainda não me sinta preparada para entrar nessa "sociedade" aprecio o que fazem, eles se encontram para discutir maneiras de diminuir o consumo e disperdicio dos recursos naturais, além de se locomoverem de bike para não poluir, serem em grande parte vegetarianos e caretas.
Essa viagem abriu muito nossa cabeça, além de Munique ser uma cidade incrível!
Se eu pudesse mudava para lá já!