sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Sault Sainte Marie - Canada

Estava com saudades de meus post-relato de viagem e, olhando algumas fotos no meu pendrive de Hello Kitty, lembrei desta cidadezinho em Ontário, no Canadá. Era uma das minhas paradas no país após Victoria e Vancouver (isso em Britsh Columbia, bem longe) e já no final da minha Aventura Norte-Americana.
De ônibus são 850 km de Toronto até a cidade, isso deu quase 12 horas, pois tem que trocar de ônibus em Sudburry (rodoviária na foto abaixo) e os motoristas nessa parte do Canadá são extremamente lentos, eu, paulistana, sempre correndo, mesmo nas férias, quis morrer.

It started at a bus stop in the middle of nowhere
Sitting beside me was a man with no hair
From the look on his face to the size of his toes
He comes from a place that nobody knows
(Não sei porque esta foto me lembra a música do Hanson.)
Cheguei, super frio, está bem deveria estar uns 18°C, mas depois de 70 dias vivendo em clima úmido e super quente, qualquer brisa dá frio. E o casal de amigos que me recebeu na cidade me levou para um Pow Wow, eu nem imaginava o que era, bom quem diria que os descendentes de nativos ainda se reunissem e usassem peles de animais (pobrezinhos), para dançar em círculos e tocar tambores enquanto uma senhora nativa gritava ao microfone "quem dança melhor?"
Foto de um "nativo" com sua roupa "tradicional", adoro este contraste com os carros ao fundo, é o moderno e o "tradicional" (acho que nunca escrevi um texto com tantas aspas).


Pôr-do-sol lindo na montanha, queria tanto ter uma câmera boa, com certeza será meu próximo investimento.
No segundo dia fui conhecer a região, Sault Sainte Marie fica na fronteira, bem coladinha com a civilização os Estados Unidos, meu iPod bem que dizia que eu estava em Michigan, eu queria cruzar a fronteira, pois as coisas lá eram muito mais baratas que deste lado, tanto que os moradores da cidade atravessam esta ponte (sempre travada de trânsito) para comprar desde coisas básicas como leite e carne, à artigos como tênis e roupas, eu não podia fazê-lo pois tinha um visto de apenas uma entrada para o Canadá.



Frustração
Tinha uma eclusa, estilo a que temos em Barra Bonita (o barquinho entra e a água desce), muito legal, mas para andar nela tinha que entrar pelo Michigan, tipo 10 metros a dentro dos EUA, então não pude ir!
Fui conhecer um cassino, mas não gostei do clima de lá, meio depressivo ver as senhoras de olhos vidrados nas luzes, museus fofos e tentar fazer compras, até que consegui itens fashion que trouxe para vender na minha lojinha (luvas de renda).
O dia mais legal foi quando me levaram para velejar, fomos no barco de um senhor alemão, com mais de sessenta anos nas costas e muitas aventuras amorosas para relatar, eu falei que ele deveria escrever um livro sobre suas conquistas que incluem uma mulher de família abastada de Copacabana! Como todo aventureiro alemão, ele havia se perdido pelo território brasileiro quarenta anos atrás, quando ainda não era pop andar de barco pela amazônia.Além do barco ele tinha um lindo cottage a beira do lago Saint Peter com esse banco delicioso, ele bem que podia ser meu pai né? Ia amar passar as tardes quentes (3 meses por ano) lendo ou apenas olhando a água.
Tinha uma placa dizendo que a água congela no inverno e que é perigoso subir nela.



Bandeira pirata! Amo!









Fotos às margens do Lake Superior, onde "dizem" os jovens vem se reunir para beber e fumar maconha, mas vi poucos jovens lá. Apesar do sol estava um vento super gelado, não dava para entrar na água.
The Soo, apelido da cidade, porque convenhamos, que nome difícil, até eu entender a pronúncia, /Su San Marrie/, levaram uns dois dias, tem muitos cachorros, quase todo mundo tem um, eu me diverti muito brincando com eles.



Festinha que fui num acampamento de trailers com muito country e rock antes de partir para Toronto.

Um comentário:

Akira Thatan disse...

Viagens são sempre inesquecíveis...mesmo nas piores condições. Às vezes a gente tenta esquecer um fato ou outro, mas a gente sempre acaba lembrando. Uma imagem, um som, uma palavra, um cheiro...lembro do cheiro de areia quente em Kapisa. Tinha esquecido...outro dia fui correr e passei por um bosque, e lá tinha o mesmo cheiro. Por que a gente insiste em lembrar? Ah, foi muito bom ver você de cabelo vermelho....quase enfartei.

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