Assisti a esse filme três anos atrás com o meu namoradinho sargitariano, como é característico a esse signo, ele adorava a película em questão, pelo simples fato de que ele também era doido para pegar a mochila e sair pelo mundo - característica recorrente aos meus namorados, mas fica para um próximo post - eu confesso que gostei de quase todo o filme, mas não sei se foi o ator, a presença da menina do Crepúsculo, ou se foi o fato de que viver sozinho era sonho da minha paixonite, só que não gostei de como ele via as relações humanas.
E achei que era o filme dirigido pelo Sean Pean que não era tão legal.
E os anos passaram, esqueci do Chris McCandless e do namoradinho, que decidiu voltar para a cidade dos pais, segui a vida.
Até que, de presente de aniversário, ganhei um livro em inglês contando a história do aventureiro pela pessoa mais obcecada que poderíamos conhecer, o jornalista Jon Krakauer, que também foi um aventureiro em sua juventude e pode explicar com diversas opções o que aconteceu com o Alexander Supertramp ( seu apelido/alterego) - engraçado, os dois nomes usados por ele são fortes candidatos a virarem nome do meu filho - e ele faz o trabalho tão bem que eu passei a compreender Chris, não sei se chego a admirar, mas o seu fim idiota não me soa mais tão idiota.
O que percebi dele: um jovem muito inteligente, altruísta, consciente dos problemas sociais, mas sem saber por onde começar ajudando, no livro dá para entender porque ele tinha raiva do pai e porque não queria se relacionar com as pessoas. O autor até discute a possibilidade de ele ser gay, mas nega mostrando exemplos de ídolos dele que pregavam o celibato.
Ele foi um "eremita" no século e lugar errado. A maior frustração de espíritos aventureiros e solitários é não existir mais lugares inexplorados, por mais que se metam no meio do Alaska, no cafundó da Floresta Amazônica, alguém já fez isso, deve ser bem frustrante ter um sonho desses, eu acho.
Aparentemente a última frase que ele escreveu em um dos livros que levou para a trilha no Alaska:
"Happiness, only real when shared"
Virou mantra de muitas pessoas e talvez mostre que ele estava pronto para voltar a viver em sociedade. Eu fiquei meio chateada que ele não "voltou para contar", mas sabe, às vezes o mito tem mais força se ele não está aqui para se mostrar com suas falhas, o exemplo dele é mais forte, pois passa das pessoas que o conheceram e de suas anotações.
Como é fácil ficar um pouco obsessivo pela história dele, a internet tem sites com relatos da família, fotos e fatos para alimentar um pouco mais essa vontade.
http://www.christophermccandless.info/
Nesse site os espíritos aventureiros podem mandar suas histórias para serem publicadas, tenho medo de olhar e encontrar alguém conhecido.
Um comentário:
É uma história muito doida... Também fiquei meio assim com o filme, talvez curta mais o livro também! :D
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