O principal motivo de eu ter escolhido ir para os US no final de outubro era previsível, Halloween!
É uma lembrança especial da minha infância, não pelo fato de ter vivido, aqui no Brasil apenas algumas escolas de inglês ou empresas gringas se enfeitam para a data, mas porque meu pai foi para Chicago quando eu era pequena e me trouxe todas aquelas coisinhas fofas de dia das bruxas, um morcego de inflar, luzinhas com olhinhos malignos, réplicas perfeitas de insetos, sangue falso - que nunca usei, né- maquiagem, e eu fiquei doida para usar, como eu queria morar lá e pedir docinhos fantasiada!
Fato curioso, a galera cresce e já não pede docinhos de porta em porta, mas sai fantasiada na rua, minha primeira festa de Halloween foi na sexta, dia 28, estava um frio danado e eu com uma preguiça incrível de colocar a minha fantasia, fui sem, pareceu uma blasfêmia: " como você vai a uma festa sem fantasia?" Perguntou-me uma bruxa drag, ou algo assim. Desconversei falando que no Brasil só saimos fantasiados no carnaval - gringo adora ouvir sobre o "carnival"- e que era no calor.
A festa era nos dois andares do apartamento de alguém, não cheguei a conhecer o dono da casa, pois fui convidada por um amigo, e no quintal do prédio, tinha beer pong, docinhos e muita cerveja. Os papos eram os mesmos de quase toda a minha viagem: "wow Brézil, como é? É muito quente? Tem meio de transporte lá?".
Sábado, 29 de outubro era o dia da festa principal, no loft de um pintor, também não cheguei a conhecer, mas o apartamento dele era enorme, dois andares também e com acesso ao topo do prédio, consegui ficar lá durante os vinte e nove segundos mais frios da minha vida, suficientes para tirar a seguinte foto, meu xodó:
Eu de cetim na neve!
A festa estava super animada, eu já havia experimentado umas 5 cervejas ruins, nossa a Kaiser é melhor que algumas que provei lá! Quando, as 2 horas da manhã somos expulsos, alguns disseram que foi por conta de uma briga, outros que os vizinhos reclamaram, o triste é que eu estava lá há menos de 3 horas, o convite avisava para chegar as 21 horas, mas dei o atrasinho básico e educado, que aparentemente não existe por lá, você tem que chegar na hora estabelecida pelo anfitrião, de repente comecei a ver que o jeito paulistano de ser, sempre atrasado, correndo, é sossegado perto do nova yorquino, atrasa 10 minutos para você ver?
Uma das meninas nos chamou para ir para a casa dela, fazer o mesmo que qualquer jovem em qualquer parte do mundo faz: zapear canais falando besteira e bebendo, meu programa preferido atualmente!
E foi o que fizemos até as 6 horas da manhã, era exatamente o que buscava na minha viagem, ver como outras pessoas se divertem, ouvir um pouquinho da vida delas e contar um pouco de como é a vida no meu país, a ideia divulgada pelo mundo é bem diferente da realidade! Acredita que um cara afirmou que prostituição no Brasil é legalizada? É aceita, deveria ser legalizada, mas ainda não é.
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Era Brasileira!!
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Alice, Snow White and Cleopatra
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Domingo foi dia de mudança para mim, sai da casa da minha amiga, que me recebeu por quatro dias e fui para a casa do Brian, mencionado no começo do post, no Brooklyn, deixei as coisas lá e fui conhecer Coney Island, só posso dizer que deve ser incrível com aquela brisa quente de verão, clima de praia, mas no inverno é horrível de gelado!
E segunda foi a tão esperada Halloween Parade! Adorei, junta gente para caramba! Tinha bateria, milhares de pessoas fantasiadas, mas a gente não entrou, eu me recusei a colocar fantasia, estava frio demais, curti conversar e caçar as melhores fantasias:
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que lindos <3 Chapeuzinho e o Lobo Mau eram namorados!
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Dia primeiro de novembro e já não se vê a decoração que tomava as ruas, a festa tinha acabado, agora era curtir a cidade e seus bares!